7 de novembro de 2006

A que ponto chegamos - II

"No dia 3 de outubro, no Rio de Janeiro, era meio milhão de miseráveis, analfabetos, mendigos famintos e andrajosos, espíritos recalcados e justamente ressentidos, indivíduos tornados pelo abandono homens boçais, maus e vingativos, que desceram os morros embalados pela cantiga da demagogia berrada de janelas e automóveis, para votar na única esperança que lhes restava: naquele que se proclamava o pai dos pobres, o messias charlatão."

- Jornalista Paulo Duarte escrevendo na revista Anhembi, de classe média, após a vitória de Getúlio, dessa vez pelas urnas, nas eleições de 1950.

Parafraseando meu cumpadre Alexandre, que não é da Macedônia, mas também se dá bem com gregos e persas, as articulações da direita acontecem duas vezes, lembrando o velho barbudo, a primeira sendo realmente uma tragédia e a segunda se repetindo como farsa...

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