31 de outubro de 2006
Enquanto isso, no Paraná...
Agência Space
Desmoralizados que sofrem
Boris Casoy
Essa 'velha surda' tem dificuldade para ouvir a vontade da maioria. Em seus ouvidos, ‘democracia’ soa como ‘aristocracia’, prefere ouvir ‘nobre’ ao invés de ‘pobre’ e “direitas já!” no lugar de ‘diretas já!’.
Arnaldo Jabor
Raivoso e impetuoso, esse 'general Thade' tem ojeriza a tudo que está do lado esquerdo, desde Hugo Chaves até o relógio de pulso. Tem um grande séqüito de macacos leitores de orelha de livros e frequentemente se gaba de seu grande feito para a história da humanidade que foi quebrar um ovo no Jornal Nacional.
Diogo Mainardi
O verdadeiro messias dos neoconservadores tupiniquins, este ‘homem que veio do céu’ é o arauto e salvador da classe média pit bull que não se cansa de ladrar enquanto a caravana passa. É o preferido da elite que é chique, muito chique, e também de Severina Xique-xique, que montou uma butique para vida melhorar.
Reinaldo Azevedo
Este pobre coitado é o 'Slot' entre os direitistas. Não tem seguidores, não tem alegria, vive num mundo sombrio e só lhe resta mesmo comer muito chocolate, pois esse é seu único meio de liberar serotonina.
29 de outubro de 2006
27 de outubro de 2006
Geraldo apela para a Porta da Esperança
Geraldo – Olá, Silvio.
Silvio Santos – Geraldo, você veio de que cidade?
Geraldo – Eu vim de Pindamonhangaba.
Silvio Santos – Temos uma caravana de Pindamonhangaba aqui?
Geraldo – Não, Silvio, estão me vendo pela TV.
Silvio Santos – E quem nasce em Pindamonhangaba é pindamonhangabriano?
Geraldo – Não, Silvio, é pindamonhangabense.
Silvio Santos – Ô, ô, ô, Geraldo, você faz o que lá em Pinda mmm...?
Geraldo – Eu já fui médico, vereador, prefeito e coroinha.
Silvio Santos – Então na sua cidade as pessoas te conhecem como o doutor Alkarismi?
Geraldo – “Alckmin”
Silvio Santos – “Alckmin”? Tá certo. E qual a origem desse sobrenome? Vem de onde isso?
Geraldo - É de origem árabe.
Silvio Santos – Então já começamos muito mal. Porque eu sou Abravanel. Eu sou judeu. E você não é judeu. Você é descendente de árabe, significando que você não é judeu. Seu sobrenome é árabe, não é judeu. E o que significa “Pokemón”?
Geraldo – É “Alckmin”. O nome vem da palavra Al-kemyn. Significa “o químico”.
Silvio Santos – Mas você não é químico, é médico. E na sua ficha diz que você foi também governador. É verdade?
Geraldo – Fui governador sim. Inclusive eu fui negociar com seu seqüestrador em 2001.
Silvio Santos – Então você foi negociar com o seqüestrador do Silvio Santos. Eu agradeço. E me responde uma coisa, ô, ô, Geraldo, você tem experiência em negociar com bandido?
Geraldo – Um pouco, Silvio.
Silvio Santos – Então você barganhou minha libertação dando a palavra de governador que meu seqüestrador teria sua integridade física garantida, não é mesmo? E ele vai bem?
Geraldo – Muito bem, Silvio, ele vai muito bem... eu gostaria de falar do meu desejo...
Silvio Santos - Então você pediu o que na carta que mandou para o programa Porta da Esperança?
Geraldo – Eu quero ser presidente do Brasil.
Silvio Santos – Você quer ser presidente do Brasil?
Geraldo – Isso, Silvio.
Silvio Santos – Você não quer ser presidente do Canadá, nem da Groenlândia, você quer ser presidente do Brasil?
Geraldo – Do Brasil.
Silvio Santos – Não quer ser a rainha da Inglaterra, você quer é ser presidente do Brasil?
Geraldo – Exatamente, Silvio, quero ser presidente do Brasil.
Silvio Santos – E você quer ser presidente do Brasil por que, seu arrombado?
Geraldo – Para ajudar você e muitos outros que se encontram na mesma condição.
Silvio – E você acha bonito ser presidente do Brasil? O que você quer mesmo na vida é ser presidente do Brasil? Você não quer ser atendente no laboratório de análises clínicas porque você quer ser presidente do Brasil, estou certo?
Geraldo – Certíssimo, Silvio.
Silvio Santos – Bom, então vamos ver o que a nossa produção conseguiu. Eu acho difícil, mas pode ser que seu sonho seja realizado. Vamos abrir as portas da esperança!
Silvio Santos – É... Geraldo, infelizmente não deu, não foi dessa vez. Continue enviando cartas para o nosso programa, quem sabe da próxima vez. Agora vai pra lá, vai pra lá que nós temos outro sorteado. Pode entrar Arthur Virgílio!
Vinheta Final Especial do Programa:26 de outubro de 2006
O 'pai da criança'
“Os lulistas acreditam que os pobres do Nordeste são tão ignorantes, mas tão ignorantes, que vão acabar votando em Lula, apesar dos quarenta malfeitores. Os tucanos discordam. Eles acreditam que os pobres do Nordeste podem até declarar voto em Lula nas pesquisas eleitorais, mas são tão ignorantes, tão ignorantes, que vão apertar o botão errado na hora de votar, anulando suas escolhas. Sempre que Lula ultrapassa a barreira dos 50 pontos, sou obrigado a apelar para esse argumento.”
“O Brasil é dominado por uma massa de pobres ignorantes. Eles estão decidindo por nós. E estão decidindo muito mal. Isso se não confundirem os algarismos e apertarem os botões errados.”
Agência Space - Eleições 200623 de outubro de 2006
Geraldinho atoladinho
Geraldinho - Quem tá falando?
Lula de novo - Sou eu, Lula de novo! E aí, tá de bobeira hoje?
Geraldinho - Tô!
Lula de novo - Quer dar um rolé em Brasília, maior solzão, Palácio do Planalto?
Geraldinho- Já é!
Lula de novo - Então vou aí te buscar, valeu?
Geraldinho - Valeu!
Lula de novo - Então, fuuuuuui!
Geraldinho - Piririm, piririm, piririm, alguém ligou pra mim, piririm, piririm, piririm, alguém ligou pra mim, quem é?
Lula de novo - Sou eu Lula de novo e a eleição tá de matar, vai ser dia vinte nove que nas urnas vou ganhar!
Geraldinho - Vai me enterrar nas urnas?
Lula de novo- Não, não, vou atolar!
Geraldinho - Vai me enterrar nas urnas?
Lula de novo - Não, não, vou atolar!
Geraldinho - Tô ficando atoladinho, tô ficando atoladinho, tô ficando atoladinho!
Lula de novo - Calma, calma Geraldinho!
Vai, vai
Na paradinha, paradinha, paradinha
Na paradinha, paradinha, paradinha
Na paradinha, paradinha, paradinha
Quebra tudo Geraldinho!
Geraldo está descontrolado
Ah, que isso
Geraldo está descontrolado
Ele sobe, ele desce, ele dá uma rodada
Ele está descontrolado
Ele sobe, ele desce, ele dá uma rodada
Ele está descontrolado
Não pára, não pára, não pára, não
Não pára, não pára, não pára, não
Não pára, não pára, não pára, não pára, não pára
Até o chão
Vai, vai
Na paradinha, paradinha, paradinha
Na paradinha, paradinha, paradinha
Na paradinha, paradinha, paradinha
22 de outubro de 2006
Ode ao burguês
o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco! Eu insulto as aristocracias cautelosas!
os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos,
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os "Printemps" com as unhas! Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o êxtase fará sempre Sol! Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
"_ Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
_ Um colar... _ Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!" Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante! Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!
Fora! Fu! Fora o bom burguês!...
21 de outubro de 2006
Frase do dia
- Condoleezza Rice, secretária de Estado dos Estados Unidos, sobre sua conversa com o enviado especial da China na Coréia do Norte, Tang Jiaxuan, confirmando a notícia que foi dada ontem nesse blog de que Kim Jong-il, o "Cebola", não havia se arrependido de porra nenhuma. Mais um furo da Agência Space...
20 de outubro de 2006
Zé Celso: Tesão no cabação!
(...) por exemplo é a oportunidade ótima de fazer uma revolução no marketing eleitoral. Não adianta botar o cara bonitinho, paz e amor, etc. Por exemplo, a campanha do Alckmin realmente eu acho um horror... Agora, pô... vai... meu, e o homem é um homem até bonito, gostoso, tenho tesão nele, tudo, mas a capanha dele fica uma coisa empacotada(...)
(...) não, apaixonado não... eu tenho tesão por ele, um homem gostoso... mas ele é bem cabação, faz aquele papel, aquela coisa toda... mas ele é bonitinho, tem os lábios gorossos, tem essa coisa(...)
PS: Agradecemos ao Supeman por nos indicar o material.
Agência Space - Eleições 2006
Frase do dia
"Transmita minhas saudações a seu presidente. Que garanhão! Violar 10 mulheres! Não esperava isso dele. Surpreendeu todo mundo. Todos nós estamos com inveja.”
- Vladimir Putin, presidente russo, sobre o presidente de Israel, Moshé Katsav, acusado de abusos e assédio sexual.
Mundo mija pra trás
- Kim Jong-il, o “Cebola”
Agência Space - Mundo19 de outubro de 2006
Ana Paula Padrão vence o debate no SBT
Agência Space - Eleições 2006
Cicarelli encontra 'Monstro do Lago Ness'
18 de outubro de 2006
Alckmin vai acabar com a Mentirobrás
O comerciante José Carmona, morador do Brás, bairro tradicional da cidade de São Paulo com forte presença de imigrantes italianos, ficou indignado com a declaração do candidato à presidência da república pela coligação PSDB/PFL, Geraldo Alckmin, que afirmou hoje diante da imprensa que acabaria com a loja do comerciante assim que fosse eleito. Situada na Rua Tiro ao Pombo, nº 45, loja C –
Blog do Space - Eleições 2006
14 de outubro de 2006
Serra contrata sósias
Agência Space - Política
12 de outubro de 2006
Alckmin não vende mais 'aerolula'
"Vou vender nada, não... Eu quero é encher aquele avião de puta, só ninfetinha universitária, e sair por aí tirando onda de presidente!"
Agência Space - Eleições 2006
10 de outubro de 2006
Playmobil abre o jogo e detona Geraldo
Space Ghost – Olá, Playmobil. Em primeiro lugar, porque você resolveu fazer essas revelações somente agora no início do segundo turno?
Playmobil – Na verdade eu já havia oferecido minha história para os opositores de Geraldo, mas quando estourou o lance do dossiê Serra todo mundo ficou melindrado. Tentei vender meu silêncio para o PSDB, mas eles não se intimidaram, acharam até que seria uma boa aparecer mais um escândalo pra por na conta do PT.
Space Ghost – Se nem PSDB e nem o PT se interessaram no seu caso, porque resolveu abrir o bico então?
Playmobil – As coisas não andam muito bem pra mim. As crianças de hoje não curtem mais brinquedos pouco articulados. Com a decadência da minha marca, me tornei viciado em drogas e o pouco dinheiro que eu havia guardado, uma vadia amiga da Barbie levou tudo. Estou querendo voltar pra mídia e acho que essa superexposição vai ajudar. Se rolar um ensaio de nudez pra revista Playtoy, já saio no lucro.
Space Ghost – Onde e quando você conheceu Geraldo?
Playmobil – Conheci ele em Pinda na década de 70. Fazia parte da coleção de bonecos dele. No princípio eu não imaginava que fosse rolar algo entre nós, porque o Geraldo era meio careta. Aos poucos a gente foi se entendendo e a paixão acabou explodindo. Foi um momento mágico em nossas vidas. Eu e Geraldo éramos como unha e plástico.
Space Ghost – Sua vida melhorou após conhecer Geraldo?
Playmobil – Não tenho do que me queixar em relação à nossa primeira fase juntos. Geraldo colocou até um motorzinho em minhas costas para que eu vibrasse. Muita gente não sabe, mas fui o primeiro playmobil vibratório. Geraldo me levava até pra missa. Acompanhei ele diversas vezes até ao confessionário.
Space Ghost – Então você ouvia todas confissões de pecado do Geraldo no confessionário?
Playmobil – Na verdade eu quis dizer que acompanhava ele até a parte de dentro do confessionário onde eu não ouvia suas confissões, mas via seus pecados...
Space Ghost – Mmmmm... sei... e quando foi que a relação de vocês começou a ficar abalada?
Playmobil – Bom, na época eu ainda era um boneco jovem e imaturo. Acabei forçando a barra e movido pelo ciúmes obriguei o Geraldo a se desfazer de todos os outros brinquedos. Isso foi duro pra ele, pois brincar com bonecas era um de seus hobbies favoritos, chegando a vestir cada uma de suas 40 bonecas com vestidinhos caríssimos. Se eu o sufocava emocionalmente, por outro lado Geraldo tinha uma libido insaciável. Eu era apenas um playmobil e ele me procurava de hora em hora como se eu fosse o resultado da telesena ou um boneco da linha “comandos em ação”. Cada dia ia ficando mais claro que havia um conflito de interesses entre nós.
Space Ghost – Qual foi o estopim para a separação?
Playmobil – A ‘pá de cal’ em nossa relação se deu quando eu encontrei um boneco Max Steel moreno, alto e de olhos azuis dentro do armário de Geraldo. Me senti preterido e humilhado, afinal os caras dessa linha Max Steel são uns verdadeiros galãs no mundo dos bonecos e eu era apenas um playmobil baixinho, com poucas articulações e uma cabeça achatada. Furioso, fiz as minhas malas naquele mesmo dia e fui morar num navio de um amigo que era Lego Pirata.
Playmobil – Isso foi o que me deixou mais triste. Ele me usou durante muito tempo e nunca sequer me escreveu pra dizer o porquê de ter me trocado por outro boneco. No decorrer do tempo com as notícias que eu recebia por terceiros, eu percebi que Geraldo não tinha apreço por ninguém, só usava os brinquedos. Ao todo, ele jogou na lata do lixo 69 bonecos. Veja bem, 69 bonecos abandonados e jogados na rua da amargura sem explicação.
Space Ghost – Realmente, sua história é muito triste. Sei que você não pode nos contar todos os detalhes agora porque está guardando tudo para seu livro. Antes de encerrarmos a entrevista, gostaria de saber o que você perguntaria para Geraldo se ele estivesse aqui.
Playmobil – Perguntaria pro Geraldo o que ele faria se esses 69 bonecos que ele desprezou e enganou resolvessem prestar seus testemunhos e revelassem pra sociedade quem ele é realmente e o quanto era dolorido pra nós o momento em que ele retirava o motorzinho de nossas costas e falava que iria se deliciar com outro boneco a partir dali.
Space Ghost – Obrigado por atender nosso convite, Playmobil.
Playmobil – Eu que agradeço, Space.
7 de outubro de 2006
Geraldinho de Pinda: O Homem e a Obra
Numa dessas gostosas tardes primaveris, Geraldinho se encantou com alguns bonequinhos playmobil que pertenciam a um certo Luisinho marreteiro. Esse garoto não andava com os alquimistas pois trabalhava o dia inteiro vendendo bugingangas. O certo é que o imberbe Geraldinho queria muito aqueles brinquedinhos e resolveu fazer uma oferta por eles. Luisinho, um menino muito estranho, achou a oferta pífia, queria pelo menos o triplo. Geraldinho explicou que não tinha muito dinheiro, pois sua mesada estava comprometida com a mensalidade do Clube Opus Dei e a manutenção do Fã-Clube do Inquisidor Ratzinger. O marreteiro se manteve relutante e Geraldinho foi embora desolado.
Não se conformando com a situação e desejando muito os bonecos playmobil, nosso protagonista se lembra de como conseguia um dinheirinho pra complementar a mesada. Lembrou dos bons tempos de coroinha e foi até a paróquia. Entrou no confessionário e saiu meia hora depois. Parou numa lanchonete e tomou um guaraná gelado e lanchou um misto-quente para se refazer. Ao se reencontrar com Lusinho marreteiro, apresentou uma boa quantidade de moedas que outrora estiveram na bolsa de carolas. Ali tinha dinheiro suficiente para adquirir os bonecos playmobil. O jovem marreteiro, velhaco, estranhou muito aquilo e olhou de rabo-de-olho para o potencial cliente indagando:
- Ah, moleque, onde cê conseguiu essas moedas? E cadê seu cinto? Vendeu por tudo isso?
Corado, Geraldinho não tinha como mentir pra um pivete tão perspicaz e resolveu confessar:
- Sim, eu fui mulher do padre por alguns deliciosos minutos e agora tenho o dinheiro.
Luisinho marreteiro bocejou com ar de vitória e disse ao dedicado Geraldinho que agora não havia dinheiro no mundo que o fizesse vender aqueles playmobils. Na verdade, ele queria o que Geraldinho havia dado ao padre. Desapontado e resignado, o pequeno carola arriou a calçola e fez a posição de amarrar cadarço. Luisinho mandou ver e castigou o obstinado menino de Pinda. Foi assim que Geraldinho montou sua coleção de playmobils.
Muitos anos depois os dois negociadores se encontraram. Luisinho havia se tornado dono de uma vasta quantidade de playmobils de vários modelos. Geraldinho só tinha uma coleção de playmobils modelo bandeirante. Mais uma vez resolveu barganhar com o já barbudo marreteiro. A calça foi arriada e Luisinho castigou de novo gritando: "Yes, como é bom esse Geraldo!"
4 de outubro de 2006
Geraldo e Clubber Lang cara a cara!
No início dessa tarde numa coletiva de imprensa do candidato à presidência da República pela coligação PSDB/PFL, Geraldo Alckmin, acompanhado de seu mentor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, todos foram surpreendidos pelo tumulto causado por Clubber Lang, um lutador oriundo de Chicago que ficou famoso ao vencer Rocky Balboa. Clubber Lang chegou ao local esbravejando desaforos e empurrando os jornalistas, levando todos presentes a ficarem realmente apreensivos. Veja como a foi confusão.
Clubber Lang - Eu quero Alckmin! Eu quero Alckmin! Está ouvindo isso, mané? Diz pro Alckmin vir aqui, se quiser. Ninguém pode me vencer, diga isso a ele, ele é o próximo! Eu vou matá-lo, ninguém pode me deter, diga isso pro Alckmin, eu vou atrás dele, cara, diz isso pra ele, não esqueça!
Jornalista – O que tá acontecendo? O que o senhor pretende?
Clubber Lang - Se Alckmin tiver peito pra me enfrentar no segundo turno, vou e debato em qualquer lugar. Toda a minha vida foi dirigida pra essa vitória e mais nada. Eu moro sozinho, treino sozinho e vou ganhar essa eleição sozinho. Eu quero ele, ele não vai me evitar pra sempre. Ele pode fugir, mas não pode se esconder.
Geraldo – Por favor, seguranças...
Clubber Lang - Caindo fora enquanto pode, é? Não dêem um cargo a esse otário, dêem coragem! Eu lhe disse que não ia fugir, você teve a sua chance, agora me dê a minha!
FHC – Dêem o fora com esse homem daqui!
Clubber Lang - Que dar o fora, o quê? Não se meta, velho. Por que não diz pra essa gente que vem fugindo de mim? Política, cara. Esse país quer me manter por baixo, manter todo mundo fraco. Eles não querem que um homem como eu chegue à presidência porque não sou um fantoche como esse idiota aí. Então desce daí e vem calar minha boca, bobalhão, vem cá, eu to te esperando, vêm! Como é, bobalhão, você vem ou não vem? Então eu vou até a sua gente pra dizer a verdade: eu sou o primeiro nas pesquisas, primeiro! Isso significa que eu sou o melhor. Mas esse cara só quer disputas fáceis, enfrentar outros molóides... Eu vou dizer a você e a todo mundo aqui: eu disputo com ele em qualquer lugar, a qualquer hora, de graça!
FHC – Desse jeito não dá pra continuar...
Clubber Lang - Cale essa boca, velho, você e esse cara não sabem de onde eu vim! Alckmin, sua família está muito bem, não está? Você diz que é um vencedor, pois prove agora! Me dê essa chance, é uma vergonha a maneira como você vem me evitando. Se você não é covarde, por quê não disputa comigo? Eu me alegro que todos vocês tenham ouvido isso, porque eu mereço! Eu venho esperando essa chance por muito tempo, mas ele vem sempre fugindo, como um rato, como um rato! Por favor, não me julguem pela cor da pele nem pela minha aparência. Eu quero que me julguem pelo meu orgulho, minha determinação.
Lu Alckmin – Isso já passou dos limites!
Clubber Lang - Ô mulher, ô mulher... olha aqui, já que seu marido não tem peito, talvez queira ver um homem de verdade. Aposto que você sonha toda a noite com um homem de verdade, não é? Então façamos o seguinte: quando você se sentir solitária à noite, eu vou te mostrar um homem de verdade, beleza!
Geraldo Alckmin – Assim não vai dar!
Segurança – Por favor, o senhor vai ter que se retirar...
Clubber Lang – Me solta, cara! Olha aí, otário! Alckmin, você já era. Tá acabado, liquidado, arrasado, eu sou o mais durão do mundo! O que é que você disse, candidato de papel? Eu vou te surrar feito um cão, você vai apanhar feito um cão! Você sabe quem eu sou? Você sabe quem eu sou? Eu sou um homem, cara, eu sou um homem! Você não passa de um galinha-morta, eu vou te pegar, otário. Sai da minha frente, todo mundo. Você está morto, cara, você não é de nada!
Geraldo Alckmin – Veja bem, todos vocês, eu aprendi defesa pessoal com meu avô. Não é bem verdade que eu seja um covarde... Isso depende do ponto de vista.
Clubber Lang - Tá querendo fazer média, é? Não preciso de nenhum galinha-morta bisbilhotando em meu canto e acabe com essa expressão feia antes que eu a piore na pancada! Eu sou o maior, eu te avisei, Geraldo! Eu sou o maior, eu sou o melhor! Hááááááááá... me solta!
Geraldo Alckmin – Isso aqui não está nada civilizado. Vamos ter que cancelar a coletiva. Isso não é desafio político, é baixaria... Temos um ex-presidente aqui... Vamos respeitar Fernando Henrique...
Clubber Lang - Eu rejeito o desafio, amizade, porque Alckmin não é um desafio. Mas eu terei muito prazer em surrá-lo um pouco mais. Fernando o que? Está se referindo àquele velho idiota, o sociólogo, o “privatizador”? Que é isso, cara? Um derrotado ensinando outro? Alckmin não tem feito outra coisa senão falar muito. E quando eu o encontrar cara a cara num debate, eu vou fechar aquela matraca. Quanto antes, melhor. Eu sou o presidente do mundo, cara, ninguém pode mudar esse fato. Eu não posso ser derrotado, e não serei derrotado. Eu vou treinar muito, cara. Não vai haver golpes rápidos, eu vou torturá-lo, eu vou crucificá-lo, vocês vão ver.
Jornalista – Senhor Lang, senhor Lang, antes que seja retirado me responda rapidamente, se Alckmin aceitar um debate com você, qual sua previsão?
Clubber Lang - Alckmin é imprevisível e idiota, cara. O trouxa tá sempre um passo a frente, é feito sob medida pra mim, e vai sair machucado! Previsão? Dor...
Clubber Lang foi retirado pela segurança e não pôde responder mais perguntas dos jornalistas. Os responsáveis pela campanha do tucano ainda não avaliaram o prejuízo eleitoral do fator Lang. Parece que o segundo turno começa agitado.
Agência Space - Eleições 2006
3 de outubro de 2006
Entre o Papai Noel e o Velho do Saco
A reportagem do programa examinou um documento secreto interno da igreja, que instrui bispos como lidar com acusações de abusos sexuais cometidos por padres em suas paróquias.
O texto impõe um juramento, em que a vítima, o acusado e eventuais testemunhas se comprometem a manter sigilo absoluto sobre o caso.
A quebra do juramento levaria à excomunhão.
Veja cópia do documento da igreja (em inglês)
Durante mais de 20 anos, o homem encarregado de zelar pela obediência aos termos do documento foi o cardeal Joseph Ratzinger - antes de virar papa.
O documento, Crimen Solliciatonis (latim para Crime da Solicitação), foi escrito em 1962 em latim e distribuído a bispos do mundo inteiro, com a recomendação de que fosse guardado a sete chaves. Poucas pessoas de fora da igreja tiveram acesso a este documento.
Deve ser por isso que o Vaticano combateu o socialismo durante todo o século XX acusando os comunistas de serem 'comedores de criança'. Parece que a Santa Madre não suporta concorrência.
Agência Space - Mundo